sexta-feira, 28 de junho de 2013

Há mais de quarenta anos a falar de... Antero de Quental!



«O Grupo de Investigação de Pensamento Português do Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa agradece publicamente pela intervenção de Prof. Eduardo Lourenço ontem no Anfiteatro II da Faculdade de Letras. Um discurso livre e brilhante durante quase duas horas sobre Antero de Quental, Portugal e Europa perante 30 participantes do curso Livre de Leitura e Comentário. Um aceno e um despertar que infelizmente não está presente na maioria dos discursos hoje em dia: sobre a história de Portugal, a noite de Deus, o crepúsculo da cultura europeia e a importância das Universidades. O que formou Europa está alvo de ataques políticos e económicos. Esperamos que este gesto não sobrevive as nossas esperanças. Muito obrigado Eduardo Lourenço»
Foi  assim que, no passado dia 13 e na sua página oficial do Facebook, o Grupo de Investigação sobre Pensamento Português do Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa se referiu à intervenção proferida por Eduardo Lourenço no dia anterior. A palestra de Eduardo Lourenço inseriu-se no curso de leitura e comentário dedicado ao poeta-filósofo açoriano e que, até ao próximo dia 3 de Julho, o Grupo de Investigação está a promover e que conta ainda com a participação de Miguel Real, Jorge Croce Rivera e Nuno Júdice, entre outros.
É sabido que o interesse de Eduardo Lourenço por Antero já vem de há muito tempo, constituindo “Le destin – Antero de Quental. Poésie, Révolution, Sainteté” (texto mais tarde incluído em Poesia e Metafísica e, depois, em A Noite Intacta), conferência proferida em Paris no mês de Janeiro de 1971, talvez a primeira manifestação pública daquilo que, no entender do ensaísta, se trata de uma verdadeira paixão. Por mero acaso, Ler Eduardo Lourenço descobriu recentemente ecos dessa conferência parisiense numa edição de época de O Diário de Coimbra, com honras de chamada de capa, porque o caso não era para menos...
Na impossibilidade de se tirar fotocópia do documento, foi necessário recorrer ao telemóvel que, com a pouca perícia do seu proprietário, nem por isso justifica a pouca qualidade das imagens que aqui se reproduzem. Os visitantes de Ler Eduardo Lourenço perdoarão, como sempre...